Rato é flagrado devorando pacote de achocolatado em supermercado de Bertioga e provoca revolta
Rato é flagrado comendo achocolatado em Supermercado: No dia 3 de junho de 2025, uma cliente do Semar Supermercados, localizado em Bertioga (SP), registrou a presença de um rato se alimentando de um pacote de achocolatado exposto em uma das prateleiras do estabelecimento.
Imediatamente, ela interrompeu as compras e começou a filmar a cena, compartilhando posteriormente o vídeo nas redes sociais. Dessa forma, em poucas horas, o material viralizou, causando indignação entre consumidores locais e usuários de diversas plataformas.
Além disso, por conta da temperatura elevada no litoral paulista, a ocorrência chamou ainda mais atenção, pois ratos tendem a circular com maior facilidade em locais onde há alimentos expostos sem proteção adequada. Assim, a disseminação do vídeo levou muitos internautas a repercutirem o possível descaso com a higiene e a segurança alimentar pela rede de supermercados.
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Resposta do Semar Supermercados
Logo após a viralização do vídeo, o Semar Supermercados emitiu nota oficial para esclarecer o ocorrido. Segundo a rede:
- Protocolos de segurança alimentar
A empresa afirmou possuir rígidos protocolos de controle sanitário, contratando empresas especializadas e certificadas para realizar ações preventivas e monitoramento de pragas em todas as suas unidades. - Medidas imediatas
Ao tomar conhecimento do incidente, o estabelecimento reforçou as ações de monitoramento e sanitização na loja de Bertioga. Assim, intensificou as vistorias em todas as seções, especialmente na área de alimentos embalados. - Treinamento contínuo
Além disso, ressaltou que todos os funcionários passam por treinamentos periódicos sobre boas práticas de higiene. Portanto, sempre que há uma ocorrência atípica, o protocolo interno é acionado para averiguar imediatamente.
Entretanto, admitiu a necessidade de intensificar ainda mais as medidas naquele local específico, visto que, embora as auditorias internas sejam constantes, falhas pontuais podem ocorrer. Dessa forma, a rede garantiu que continuará avaliando novos métodos e tecnologias para prevenir reincidências.
Repercussões legais e regulamentações sanitárias
Em casos como esse, existem diversas normas que visam garantir a segurança alimentar e, consequentemente, a saúde pública. A seguir, destacam-se as principais legislações que podem ser aplicadas:
Lei nº 6.437/1977 e penalidades
De acordo com a Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, que dispõe sobre infrações à legislação sanitária federal, constitui infração sanitária a disponibilização de produtos impróprios ao consumo ou mantidos em condições insalubres. Dessa forma, a simples presença de roedores em áreas de armazenamento ou exposição de alimentos configura violação grave.
- Art. 3º, Inciso XIII: Dispõe sobre as penalidades aplicáveis a quem importa, beneficia, industrializa, armazena, transporta, distribui, fraciona, vende ou expõe à venda produtos sujeitos aos regulamentos sanitários, em condições adulteradas ou impróprias para consumo.
- Punição: A multa pode variar conforme a gravidade da infração, além da possibilidade de interdição do estabelecimento.
Portanto, caso a Vigilância Sanitária constate falhas que coloquem em risco a saúde dos consumidores, o supermercado poderá ser autuado e, em casos extremos, ter suas atividades suspensas até que todas as exigências sejam cumpridas.
Anvisa e boas práticas para serviços de alimentação
Além da legislação federal, a RDC nº 216/2004 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabelece as Boas Práticas para Serviços de Alimentação, aplicáveis a qualquer estabelecimento que produza, manipule ou exponha gêneros alimentícios. Dessa forma, entre as exigências estão:
- Controle de vetores e pragas
O regulamento obriga a implementação de barreiras físicas e procedimentos que impeçam o acesso de roedores, insetos e outras pragas às áreas de preparo e estocagem de alimentos. - Instalações adequadas
Deve haver sistemas de higienização, disposição correta de resíduos e mantas de segurança para evitar contaminação cruzada. - Treinamento de pessoal
Os manipuladores de alimentos precisam ser capacitados sobre os riscos e medidas preventivas relacionadas à contaminação, incluindo a atuação contra vetores.
Assim, caso se comprove que o supermercado não vinha seguindo essas diretrizes de forma adequada, a Vigilância Sanitária tem respaldo para aplicar sanções e orientar correções imediatas.
Código de Defesa do Consumidor e direitos do consumidor
Por fim, conforme o Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990), a comercialização de produtos em condições inadequadas de higiene ou com risco à saúde configura prática abusiva. Consequentemente:
- Art. 12: Estabelece a responsabilidade objetiva do fornecedor pelos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de fabricação, transporte, armazenamento, entre outros.
- Art. 18: Prevê a responsabilidade pelo vício do produto que compromete a qualidade ou segurança.
Portanto, consumidores que se sentirem lesados podem exigir troca, restituição do valor pago ou indenização por eventuais prejuízos advindos de contaminações. Além disso, o Procon pode autuar o estabelecimento por descumprimento das normas.
Reações nas redes sociais
Nas plataformas digitais, a indignação foi imediata. Muitos usuários criticaram a suposta falta de cuidado com a higiene, ressaltando que a simples circulação de roedores em áreas de alimentos embalados causa repulsa e medo:
“Isso é imperdoável. Já imaginei quantas pessoas compraram aquele produto antes de perceber o rato.”
“Um supermercado tem obrigação de manter o local livre de pragas; a Vigilância Sanitária precisa agir com rigor.”
Ademais, alguns internautas chegaram a questionar o comprometimento da rede em manter inspeções frequentes, especialmente em uma época de alta circulação de veranistas no litoral paulista. Dessa forma, a repercussão negativa acabou prejudicando temporariamente a imagem do Semar Supermercados, uma vez que, mesmo com protocolos, o simples alerta visual reforçou a percepção de falha.
Ações da Vigilância Sanitária de Bertioga
Imediatamente após a viralização do vídeo, a Vigilância Sanitária Municipal de Bertioga anunciou que enviaria uma equipe para vistoriar o supermercado e verificar as condições de higiene. Nesse sentido:
- Vistoria in loco
Os fiscais checarão se há indícios de infestação de roedores ou falhas no processo de armazenamento, assim como as evidências de repetição de incidentes semelhantes. - Coleta de amostras e laudos
Caso necessário, haverá coleta de amostras de superfícies e produtos para análise laboratorial, determinando contaminação ambiental. - Relatório e possíveis autuações
Se constatadas irregularidades, o supermercado poderá receber multa, ter que recolher lotes de produtos e, até mesmo, ser interditado parcialmente para adequação.
Além disso, a prefeitura informou que intensificará, nos próximos dias, as fiscalizações em todos os estabelecimentos comerciais que vendem alimentos na cidade, sobretudo porque o período de verão aumenta a circulação de turistas e, consequentemente, a demanda por produtos perecíveis. Dessa forma, a Vigilância Sanitária pretende garantir que todos os comerciantes adotem medidas preventivas rigorosas.
Conclusão e orientações para consumidores
Em suma, o incidente ocorrido em Bertioga serve como alerta para consumidores e proprietários de estabelecimentos comerciais. Assim, recomenda-se:
- Atenção constante
Consumidores devem verificar a aparência geral do local, observando prateleiras, gôndolas e áreas de armazenamento antes de realizar compras. - Fiscalização municipal
É essencial que a população denuncie casos semelhantes à Vigilância Sanitária, contribuindo para que eventuais falhas sejam corrigidas rapidamente. - Exigência de boas práticas
Os supermercados precisam assegurar que todas as normas da Anvisa e das legislações federais sejam estritamente cumpridas, prevenindo riscos à saúde pública.
Portanto, mesmo que a ocorrência seja pontual, situações como essa demonstram a importância de manter o rigor no controle sanitário. Evitando consequências negativas tanto para o consumidor quanto para a reputação do estabelecimento.